Eles
se amavam muito. Amavam-se perdidamente. Eram almas gêmeas. E apesar da pouca
idade, faziam muitos planos para o futuro.
Quando
casariam...
Quantos
filhos teriam...
Em
todos planos e sonhos que tinham em comum, eram um casal feliz. Uma família
feliz.
Mas
o destino...
Ah!
O destino! Tantas vezes herói. Outras tantas vilão. Responsável por nossas
alegrias e tristezas. Por nossas realizações e decepções.
O
destino resolveu agir, e não foi o herói.
De
repente eles foram separados. Jovens demais nada puderam fazer, além de aceitar
o que pelo destino lhes fora imposto.
Os
anos passaram e eles tiveram outros amores.
Amores
possíveis, impossíveis.
Por
amor sofreram. Por amor choraram. Por amor fizeram planos, sonharam.
Viveram
as suas vidas. Percorreram seus caminhos.
Até
que o destino...
Ela
estava no consultório médico quando ele entrou. Olharam-se vagarosamente se
analisando mutuamente. Passada a tensão inicial, começaram a conversar.
Ela
levava seu filho ao pediatra, enquanto ele, sua filha.
Ambos
haviam se casado, mas, já estavam separados.
Trocaram
endereços. Telefones.
Naquela
noite nenhum dos dois conseguiu dormir. O destino novamente agira.
O
destino...
Mal
o dia havia amanhecido e ele já estava na frente da casa dela.
Pensou
em ligar antes, mas, desistiu. Iria fazer-lhe uma surpresa. Iria se declarar a
ela. Abrir o seu coração. Dizer que a amava, que sempre a amou. Que, em toda a
sua vida ela era o seu único e verdadeiro amor.
Do
outro lado da rua, havia mais felicidade. Ela estava feliz. O destino novamente
lhe sorrira. E ela havia reencontrado o grande amor da sua vida. Ela não
perderia tempo, ira se declarar a ele dizer que o amava e que ele era seu
grande amor. Seu verdadeiro amor.
Em
frente à casa do seu amor, ele observa a movimentação. Esta esperando a melhor
hora para fazer aquilo que esperou a vida inteira.
E,
mais uma vez, o destino age. A porta se abre e ela surge: Linda, maravilhosa.
Hipnotizado
por tamanha beleza ele parte em sua direção. Vai ao encontro da sua alma gêmea.
Do grande amor da sua vida. Extasiado. Maravilhado. Realizado.
Então,
é atropelado por um ônibus, que, apesar de frear bruscamente, não consegue
parar antes de acertá-lo, deixando-o caído, sem vida, próximo à sarjeta.
Ah,
o destino!
O
destino é @%*#!
Marc
Souza
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