quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A PROCURA



Ele passou o dia todo procurando emprego, mas, em vão.
Andou, andou, andou e nada. Sem emprego. Uma proposta sequer. Mais um dia em vão. Mais um dia sem conseguir aquilo que mais desejava naquele momento: Um emprego.
Era só isso que desejava: Um emprego.
Havia muito meses não encontrava um “bico” sequer.
O dinheiro estava acabando. Não só o dinheiro, indispensável para a sua sobrevivência, mas a esperança também estava se esvaindo. Estava triste e desanimado, mas, procurava não desistir. Estava difícil, mas, não podia desistir.
Ele tinha que continuar, e acreditar, que logo as coisas iriam melhorar. Logo estaria empregado e feliz novamente.
Cansado pelo dia estafante ele resolveu sentar-se no banco da praça. As pessoas iam e viam, passavam pela sua frente, mas, ele estava tão absorto em seus pensamentos, que não via nada. Somente vultos que transitavam à sua frente. Pessoas sem rostos e sem histórias. Pessoas como ele, invisíveis ao sistema. Um sistema falido, que o considerava, apesar da pouca idade, quase um inválido.
A desculpa era sempre a mesma: Quando ele tinha experiência no trabalho, estava muito velho. Quando não conhecia o trabalho ele não tinha a experiência que a empresa esperava.
Era isso que estava vivendo. Uma vida de insegurança e medo. Uma vida de sentimentos diversos. Decepção. Desânimo. Medo.
Sentado naquele banco alheio ao que estava acontecendo, à sua volta, deixou-se abater. De repente não tinha mais forças para sair dali. De repente não queria mais sair dali. Estava totalmente entregue.
As horas foram passando e ele foi ficando. Ficando. Imóvel. A noite estava caindo e ele ali. Olhando para o nada.
Com a noite os personagens da praça foram mudando. Logo uma mulher, com trajes mínimos pára à sua frente.
- Olá bonitão – diz ela se oferecendo a ele, que, a ignora – Bonitão – ela não desiste – Bonitão, estou falando com você.
- Oi – responde educadamente, mas sem prestar muito atenção a ela.
- Você, não esta interessado? – continua ela mostrando-lhe o corpão.
- Interessado? – pergunta totalmente desinteressado.
- Você não esta interessado em se divertir um pouco. Fazer um programinha.
- Fazer um programa?
- Isso mesmo, meu lindo – diz ela sentando-se ao seu lado.
Ele olha para ela, pega a carteira e conta o dinheiro que tem. Pensa um pouco, então decide:
- Acho que sim – responde ele.
- Acha, ou tem certeza? – ela pergunta fazendo carinho nele.
- Vamos lá - diz ele já se levantando abraçado a ela – Mas eu tenho que te dizer algo.
- O que quiser meu lindo! Você pode dizer o que quiser, paixão
- Cobro cem reais!

Marc Souza

Onde encontrar uma boa cena de sexo na literatura? Não procure em "50 Tons"

  • Reprodução
    Cena do filme "Cinquenta Tons de Cinza", baseado na trilogia de E.L. James
    Cena do filme "Cinquenta Tons de Cinza", baseado na trilogia de E.L. James
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Trecho do conto "O Primeiro Beijo", de Clarice Lispector
Com o lançamento do romance "Grey", da escritora E. L. James, que traz a versão do personagem principal da trilogia "Cinquenta Tons de Cinza" para a famosa e polêmica história erótica, as discussões sobre o que é uma boa cena de sexo na literatura voltam à tona, juntamente com as críticas ao livro.

Não há um padrão definido para isso – tal qual o próprio sexo, as possibilidades são infinitas e há gosto para tudo. Uma boa cena de sexo escrita pode ter a sutileza da citação que abre esta reportagem, por exemplo, retirada do conto "O Primeiro Beijo", de Clarice Lispector, que retrata as descobertas de um garoto no assunto. Mas também pode ser direta, explícita, sem rodeios quanto ao ato, formato preferido de autores respeitados, como o cubano Pedro Juan Gutiérrez e o alemão – que fez sua carreira nos Estados Unidos – Charles Bukowski.
Muitos escritores admitem que criar o sexo na literatura é uma tarefa bastante complicada. "Toda cena é difícil de escrever, mas a de sexo é três vezes mais. Pelo menos pra mim", afirma Carol Bensimon, autora de "Todos Nós Adorávamos Caubóis" e "Pó de Parede". Para ela, esses momentos no texto precisam seguir o clima do livro para que tenham um resultado satisfatório. "Se se trata de um romance cheio de sutilizas, as cenas de sexo também vão ser carregadas de sutilezas, e assim por diante. Então eu diria que, antes de qualquer coisa, uma boa cena de sexo é aquela que não causa 'ruído' de leitura, que parece natural e perfeitamente integrada ao resto do texto."
Paulo Scott, autor de "Habitante Irreal" e "O Ano em que Vivi de Literatura", tem opinião semelhante à de sua colega. Para ele, a boa cena de sexo é aquela que "colabora para a narrativa, a que se justifica em função do arco narrativo dos personagens; caso contrário, é perda de tempo, ornamento dispensável" e deve estar integrada à linguagem da obra. "Arriscaria dizer que na prosa contemporânea o melhor caminho é o que não floreia, é a linguagem direta, sem metáforas ou alegorias açucaradas, sem a erotização mecânica da velha e desgastada figura do macho-alfa conquistador, infalível."
Reprodução
Cena do filme "Contos Proibidos do Marquês de Sade", com Geoffrey Rush e Kate Winslet
O doutorando em literatura brasileira pela USP (Universidade de São Paulo) e pesquisador de erótica literária Ronnie Cardoso vai um pouco além. Para ele, é necessário que a cena rompa com a expectativa do leitor, o que acontece quando "se esquadrinha o lado obscuro da nossa sexualidade". Para exemplificar, cita um trecho do livro "Três Filhas da Mãe", de Pierre Louys, que envolve incesto e alguma escatologia. "Nele, a filha engravida a própria mãe em meio a uma orgia", sintetiza o pesquisador. Quem Cardoso aponta como "grande mestre" nesse quesito é o o francês Marques de Sade, do qual cita um trecho com bestialismo de "Os 120 Dias de Sodoma", que mostra um homem se relacionando com uma cabra e com o filho monstruoso que acaba por fazer no bicho.
Aqueles que ao lerem "Cinquenta Tons" se impressionaram com as práticas de sadomasoquismo, com certeza se chocarão ainda mais ao conhecerem obras com trechos como os apontados acima. Mas, na visão do pesquisador, está aí o mérito dos escritores. "Penso que a boa cena de sexo, mais do que excitar, deve inquietar o receptor e lhe colocar em estado de interrogação."
Claro que os grandes exemplos não ficam apenas nos autores estrangeiros. Em entrevista aqui mesmo para o UOL antes da Flip deste ano, Eliane Robert Moraes, professora de literatura brasileira da USP e organizadora da "Antologia da Poesia Erótica Brasileira", já havia apontado alguns nomes nacionais que, ao seu ver, destacam-se na hora de narrar o ato. São escritores como Hilda Hilst, por conta de sua trilogia pornográfica, Roberto Piva, autor de "Mala na Mão e Asas Pretas", João Ubaldo Ribeiro, principalmente por "A Casa dos Budas Ditosos", e Reinaldo Moraes que, com seu "Pornopopéia", quase sempre é citado como uma referência no assunto.
**
Ela obedece e ponho a venda em seus olhos. Ficando de pé, pego sua mão esquerda e prendo seu pulso na algema de couro no canto superior da cama. Deixo meus dedos percorrerem seu braço estendido e ela reage se contorcendo. Enquanto ando vagarosamente em torno da cama, a cabeça dela acompanha o som dos meus passos. Repito o processo com a mão direita, algemando seu pulso.

A respiração de Ana fica alterada, saindo irregular e acelerada por seus lábios entreabertos. Uma onda de excitação cresce em seu peito, e ela se contorce e ergue o quadril em expectativa.

Ótimo.

Na base da cama, agarro seus dois tornozelos.
Trecho de "Grey", de E.L. James


Se os bons exemplos estão dados, por outro lado podemos tentar definir o que é um sexo mal feito --ou mal escrito-- na literatura. Nesse aspecto, o doutorando e pesquisador Ronnie Cardoso cita exatamente "Cinquenta Tons". "Ele mostra claramente os limites da imaginação e da representação do sexo. Ainda que haja cenas de sadomasoquismo, tudo ali é controlado", diz, lembrando do contrato entre Christian Grey e Anastasia Steele como ápice desse "enquadramento".
Continuando a justificar sua opinião, Cardoso refuta o que, segundo ele, mostra apenas a superficialidade do sexo e neutraliza a força que a cena poderia ter. "Tudo já se sabe, tudo já se espera. A pornografia comercial domestica o receptor com a gramática do sexo: nesse movimento regulador, a anatomia genital e o coito são esvaziados de erotismo, cujo campo de atuação está relacionado sobretudo às operações de violência e da violação, de supressão de limites, principalmente no plano estético."
Já para a escritora Carol Bensimon, a má cena de sexo é aquela que constrange o leitor. "Não constrangimento pelo sexo (isso poderia ser uma boa cena), mas que o tira da história e faz com que se pergunte: 'Ó, meu deus, por que o autor descreveu desse jeito?'". Para a escritora, ainda há palavras que lhe parecem sempre ruins para esse momento, como as que "estariam melhor em uma consulta ginecológica, por exemplo". "Além disso, metáforas muito manjadas para descrever ereções também são péssimas".
http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2015/09/25/se-50-tons-e-grey-sao-ruins-como-e-uma-boa-cena-de-sexo-na-literatura.htm

Regra moralista em concurso de contos revolta escritores

machadao
“Os contos devem conter elementos que promovam o bem-estar e os valores morais”. É isso que diz a última linha do item IV do regulamento do Prêmio Sesc de Contos Machado de Assis 2015, promovido pelo Sesc do Distrito Federal (Sesc DF). A regra, no entanto, revoltou diversos escritores. A arte teria mesmo a obrigação de promover “o bem-estar e os valores morais”? Por conta da discussão, os responsáveis pela premiação já anunciaram que o requisito será ignorado.
O primeiro a chamar a atenção à exigência foi Cassionei Niches Petry, autor de “Arranhões e Outras Feridas”, em sua página no Facebook. Em seguida, Sérgio Rodrigues, do premiado romance “O Drible”, abraçou a questão compartilhando o post do colega e afirmando: “Isso é gravíssimo. Em momentos menos burros do país, o mundo viria abaixo. Hoje está passando tudo, mas não pode, não! O Sesc quer premiar boa literatura ou bom comportamento? Aderiu à censura? Que credibilidade tem o senso estético de quem concebe uma regra tão imbecil?”.
Não demorou para que diversos outros escritores se manifestassem concordando com Sérgio, que, em entrevista ao blog, define o regulamento como “grotesco” e a cláusula como “inadmissível”, depois de dizer que é evidente que a arte não ter obrigação alguma de promover aquilo que está sendo pedido. “Nem bem-estar nem mal-estar, nem valores morais nem valores imorais. Tudo isso está fora da alçada da literatura, que deve ter compromisso apenas consigo própria. O resto se vê depois, a partir do resultado estético alcançado. É claro que uma obra de ficção pode ter leituras de todo tipo, inclusive políticas e morais. Mas isso não pode entrar nas cogitações de quem escreve como preocupação prévia”.
Cassionei segue uma linha semelhante em seu discurso e diz que esperar que os contos sejam feitos com a intenção de promover algo “é no mínimo um desconhecimento do que seja realmente literatura. A literatura é uma forma de arte e, como tal, busca tratar de todas as questões do ser humano, sem julgar. O leitor é quem deve tirar suas conclusões. A arte pode provocar o bem-estar e os valores morais a partir de uma interpretação do apreciador, assim como pode provocar o contrário. Não é, porém, obrigada e muito menos deve estar a serviço do politicamente correto, de ideologias ou de religiões”.
Para o autor de “Arranhões e Outras Feridas”, a cláusula pode até ter sido criada com boa intenção, mas erra por conta da “formulação do item” e do público-alvo da premiação. “Quem sabe querem manuais de boa conduta ou fábulas inocentes para crianças, não sei. Boa literatura é que não querem promover”.
Embasando suas opiniões, ambos citam, dentre outros, justamente Machado de Assis, autor que dá nome à premiação, como exemplo de alguém que estava longe de se preocupar com o bem-estar e os valores morais em sua obra. “Ele seria eliminado por essa regra, que é censória e dirigista, coisa de quem não tem a menor ideia do que seja literatura. O final violentíssimo de 'A Cartomante' promove o bem-estar? A ambiguidade de Capitu promove os valores morais? É uma piada”, exemplifica Sérgio.
“Estava relendo alguns contos do Edgar Allan Poe para um pequeno ensaio que andei escrevendo e sua obra mostra o nosso lado mais sórdido, provoca um mal-estar e as personagens, por sua vez, não têm nenhum pingo de moral. No entanto, chegamos até a torcer por elas. Outro personagem sem moral é o Brás Cubas, do Machado de Assis, que despreza uma linda moça por ter um defeito físico e é amante de uma mulher casada. Pois Machado dá nome ao prêmio em questão. Precisa dizer mais?”, lembra Cassionei.
A mão das instituições na arte
O escritor Ricardo Lísias, convocado recentemente pelo Ministério Público Federal a prestar esclarecimentos após ser acusado de falsificação por conta de documentos que criou no conto “Delegado Tobias”, diz ser possível enxergar uma linha entre o seu caso e o regulamento do Sesc. “Há a tentativa de direcionamento das instituições para o que é e o que não é permitido. Isso é de fato bastante perigoso”.
Autor de livros como “Divórcio” e “O Céu dos Suicidas”, Lísias lembra que “muitas vezes a arte causa um enorme mal-estar. Ela também pode causar bem-estar, claro, mas isso não pode ser um pré-requisito. Não deve haver pré-requisito quando o assunto é criação”. Para ele, regulamentos como o do Sesc DF são um grande problema. “A tendência é o aumento de uma literatura cada vez mais bem comportada e que não faz frente ao poder das instituições. A cultura brasileira já não é muito afeita ao confronto, com esse tipo de coisa se oficializando, cada vez mais a literatura, as instituições e o poder andarão de mãos dadas”.
Sesc revê o regulamento
Após as críticas, a organização garantiu que a regra será retirada das próximas edições do concurso e será ignorada na avaliação dos contos concorrentes neste ano. “Entendemos que a referida cláusula, que transmite a intenção de que as obras inscritas contribuam para o processo de valorização social, está sujeita à interpretação que dissocia dos objetivos do projeto, e, portanto, será retirada a partir das próximas edições e será desconsiderada nesta edição 2015”, garante Juliana Valadares, coordenadora de ações culturais do Sesc DF.
Juliana ainda explica que “as ações culturais promovidas pelo Sesc DF, onde se inserem os prêmios literários, visam contribuir para a disseminação da cultura no contexto do processo educativo e de desenvolvimento social, além de incentivar a livre criação e a criatividade, contribuindo com a promoção de produções literárias inéditas”. Além disso, afirma que a instituição está permanentemente disposta a conversar. “Estamos sempre abertos à construção de um processo de aproximação junto à sociedade para o alcance de objetivos comuns”.
http://paginacinco.blogosfera.uol.com.br/2015/09/30/regra-moralista-em-concurso-de-contos-revolta-escritores/

E eu que não acreditei quando a Cassia Eller disse... (Crônica publicada no Jornal Interativo)


E eu que não acreditei quando a Cássia Eller disse:

Agora tenho certeza, o Paraíso é aqui, ou melhor, no Itamarati. Afinal em que lugar no mundo você faz as contas e os outros pagam? Só pode ser no Paraíso, não é mesmo dona Dilma?

Conta a lenda que, cada vez que a presidente vai abrir a boca um assessor grita: Cala a boca Magda!

Essa é boa; com a possibilidade de alguns indiciados na Operação Lava Jato passarem o natal na cadeia. O Itamarati estuda baixar uma resolução que autoriza a realização de ceias nas cadeias do país, inclusive, com a autorização de entrada de iguarias como: caviar, salmão, peru, e principalmente champagne, francesa, claro.

A presidente Dilma pode ser novamente contrariada. Ela queria mandar o ex-ministro Paulo Bernardo para Fox do Iguaçu, onde ele ocuparia um cargo na diretoria da Itaipu Binacional, no entanto, o destino do ex-ministro será outro. Ele deve parar em Curitiba, em uma cela na polícia federal como mais um indiciado na Operação Lava Jato.

Vocês não vão acreditar mais eu sempre achei que Pixuleco fosse o nome do mascote da Copa.

A quem souber responder: Quem é mais inteligente? O homo naledi, ou a equipe de assessores da presidência?

Lula é uma grande pessoa. Pessoa esta que sempre pensou no Brasil. Exemplo disso foi sua intermediação para a construção do Porto Mariel em Cuba. O porto foi construído com dinheiro do BNDES a juros mais baixos que o normal e sem garantias quanto ao recebimento do empréstimo. Segundo o ex-presidente o porto serviria de ponto estratégico... Fato confirmado por especialistas, que afirmaram que o porto é um grande ponto estratégico, mas, para os Estados Unidos. Há! Há! Há! Ou isso é piada de português ou mais uma manobra para desviar...

Gente que calor, heim! O calor está tão grande que já tem gente vendendo sombra... Desse jeito a bandeira de consumo de energia não vai mais ser vermelha, vai ser roxa... Vermelho vai ficar a nossa conta quando ela chegar...

E eu que não acreditei quando a Cássia Eller disse: “Quando o segundo sol chegar”. (Se ela estivesse viva, diria: Eu avisei. Eu avisei.)

Domingo no Rock in Rio teve o show da terceira idade onde Elton John e Rod Stewart levaram a platéia à UTI... Há! Há! Há!... Apesar de tudo salvaram-se todos (acho). O que chateou os astros ingleses foi que a platéia não cantava suas músicas; Não se lembravam das letras (tinha uns que não sabiam nem que eram, quem dera lembrar a letra da música)

O ano que vem tem eleição municipal e eu já tomei uma decisão; Vou colocar o meu candidato para trabalhar... Não voto mais nele... Ele que ache um trabalho decente.

O dia 21 de setembro é o dia da árvore. Dia da árvore? Árvore? O que é uma árvore?

Fui!!! Vou embora fazer compras, e claro, mandar a conta para vocês leitores. Aprendi em Brasília. Ah, vou pesquisar no Google a palavra árvore... quem sabe eu vejo umas por aí...

Marc Souza


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

UMA IMPORTANTE PERGUNTA



Desde quando o mundo é mundo, existem, três perguntas que permeiam a imaginação de pensadores e estudiosos.  Perguntas que norteiam pensamentos, teses, estudos:
Afinal, quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Confesso que já me peguei pensando sobre estas perguntas, no entanto, não tenho idéia de qual seja a resposta correta (se é que há uma). Confesso também, que há muito, desisti de entender ou buscar estas respostas.
Mas, hoje, há uma pergunta que me aflige. Uma pergunta que, vez ou outra permeia os meus pensamentos, e, até me incomoda: No que estamos nos transformando? Ou melhor, em que estamos nos transformando?
Não da para negar que o ser humano esta se desumanizando (se é que existe tal palavra). A cada dia que passa esta ficando mais insensível, frio, distante. Principalmente no que diz respeito aos seus relacionamentos pessoais, e por que não, seus sentimentos para com outro ser humano.
Com o advento da internet, aos poucos as distancias foram se encurtando, logo podíamos conversar com as pessoas que estavam no outro lado do mundo em tempo real. Como se ela estivesse do nosso lado. A distância transformou-se em um clique.
Que bom! Maravilha! A internet, criou o primeiro remédio contra a saudade.
Então, vieram os telefones com máquinas fotográficas e internet, e, os tão revolucionários smathphones. Em segundos poderíamos nos comunicar com as pessoas amadas, e que é melhor, poderíamos compartilhar dos nossos momentos felizes, com eles, mesmo estando longe, através do compartilhamento de fotos, de vídeos, de mensagens de voz. Benditas redes sociais! Bendito facebook, whatzzapp, dentre outros.
Benditas redes sociais?
Com a internet, houve uma revolução no comportamento humano. Os relacionamentos começaram há, cada vez mais, se transformarem em virtuais. Nasceram personagens. Pessoas tímidas dobraram, triplicaram, quadruplicaram suas amizades. As conversas que para elas eram difíceis, dolorosas, ficaram mais amenas atrás das telas dos computadores. De repente eram populares.
Com a internet, e principalmente, as redes sociais, o mundo mudou, se transformou. Os relacionamentos aumentaram. As trocas de idéias. Os compartilhamentos de sentimentos e claro, de informação. O mundo tão grande, ficou pequeno. Não há limites! Não há distância!
Não há distância?
Não, não há distancia destas medidas em kilometros, de repente, pessoas em Nova York, Tókio, São Paulo ou Rio de Janeiro conversam entre si como se estivessem lado a lado. Mas a distância entre as pessoas aumentaram. A distância entre os sentimentos. Cada dia mais os relacionamentos pessoais se transformaram em relacionamentos virtuais.
As conversas entre as pessoas, seja amigos ou familiares, se resumem a cliques, a toques nos teclados.
Quantas vezes vemos pessoas que nos barzinhos, lanchonetes e até mesmo sentados nas calçadas de suas casas ou de amigos, ao invés de conversarem entre si, ficam conversando com seus amigos virtuais através dos seus smarthphones. Quantas vezes, seja no almoço ou jantar, famílias inteiras trocam o bate papo sobre o dia a dia, por conversas, compartilhamentos ou curtidas nos “facebooks” da vida.
E o que é pior; com os celulares cada vez mais modernos e com suas câmeras cada vez melhores (sem contar com a rapidez da internet), a busca por imagens exclusivas em locais exclusivos, mudou ainda mais o comportamento humano. Levando uma grande maioria a colocar suas vidas em risco. Tudo por uma boa imagem. “Meus amigos morrerão de inveja!” – é o pensamento de muitos. Isto sem contar o desrespeito, que muitos tem pela a vida alheia. Pelo ser humano. Em busca destas imagens as pessoas estão fazendo de tudo, inclusive perdendo suas vidas.
Quantas vezes nós somos surpreendidos por imagens fortes de acidentes ou situações vexatórias vividas por terceiros? Quantas vezes nós somos surpreendidos por vídeos grotescos de situações terríveis, que certas pessoas fazem questões de filmar e, o que é pior, compartilhar?
E onde fica a dignidade humana? Como fica os sentimentos que tais vídeos ou imagens hão de provocar? E as pessoas envolvidas, como ficam? Como ficam os seus familiares, seus amigos? Onde esta a complacência? Onde esta a consideração, o respeito pela vida e sentimentos alheios? Onde está o amor ao próximo?
Trocou-se o mundo real pelo mundo virtual. Um mundo onde “tudo pode”. Onde as pessoas se tornam mais fortes, mais decididas. Um mundo onde na maioria das vezes elas se tornam os heróis, mesmo sendo os vilões. Um mundo onde as pessoas são o que querem nunca o que são. Um mundo permeado por personagens em busca de aceitação, em busca de cliques e curtidas (sendo capazes de tudo para isso) e nada mais.
Muitas perguntas permeiam a existência da humanidade. Mas nenhuma faz tanto sentido hoje em dia como esta:
Afinal, em que estamos nos transformando?


 Marc Souza

O ano que vem tem eleições municipais e eu estou disposto...




No paraíso Itamarati não comeram a maçã, roubaram a árvore.

... Por isso a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) esta disposta a pagar 240 mil reais em plantas ornamentais (Crise? Corte de gastos? Há! Há! Há! Os diretores da ANAC devem estar com a cabeça nas nuvens.). Mas pensando bem... Paraíso que se preze tem que ter árvores, muitas árvores...

Falando em Paraísos... A cidade de Bom Jardim no Maranhão é um verdadeiro paraíso para a prefeita, conhecida por, pasmem, Leide Day (Há! Há! Há!). Leide Day fazendo jus ao nome chegou a gastar 40 mil reais em um só dia e em uma só butique da capital do estado. Oh, beleza! Isto sim é que é viver bem! Isto sim é que é um paraíso!... Já no interior do Rio de Janeiro, em Itaguaí, o prefeito passeava de Ferrari (avaliada em 1,7 milhão de reais), Porsche Panamera, Mercedes AMG, BMW X6, e, para viagens mais longas, ele utilizava um helicóptero. (Esse sim é o paraíso que eu pedi para Deus! Já estou pensando em me mudar). Depois falam em crise.

E a presidente quer a CPMF de volta. Mas agora o imposto terá nome diferente. O novo nome será: Contribuição Para Mais Falcatruas. Adorei este nome.

Um dos critérios para ser presidente é ser cego e surdo. Afinal presidentes nunca vêem nada, nunca sabem de nada. A nossa presidente é um exemplo disso (aprendeu com o painho), ela, mesmo sendo presidente do Conselho Administrativo da Petrobrás (saiu para candidatar-se à presidência da república), não percebeu que a estatal comprara dois navios sonda que custaram cerca de 1,2 bilhão de reais, de maneira irregular. Parece piada de marido traído.

Sabe de uma coisa; Geraldo Magela para presidente, pelo menos quando ele disser que não viu nada, eu vou acreditar.

Ainda falando em paraíso... No paraíso Itamarati, tem animais também... (Você que decide que animais eles são). Lá, se já não bastassem os “eleitos” legislarem em proveito próprio eles conseguem a cada dia, nos surpreender com suas propostas de lei, (esdrúxulas) por exemplo: O deputado federal Heráclito Fortes PSB/PI, quer que os ventos se tornem patrimônio da união, assim, o estado poderá receber royalites sobre a geração de energia eólica. (Ele fica dando idéia, daqui a pouco a presidente vai querer taxar o ar que respiramos)... Já o também deputado federal Silvio Costa PSC/PE quer que os ciclistas emplaquem suas bicicletas e, assim, pagar a taxa de licenciamento. (Melhor nem dizer nada, né? A única saída que temos agora é chorar.) Estes são ou não são uns belos de uns anim...???

O ano que vem tem eleições municipais e eu estou disposto a colocar o meu candidato para trabalhar... Não vou mais votar nele... Que procure um emprego decente e vá trabalhar.

No campeonato brasileiro a ponte caiu... A ponte caiu sobre o peixe e babau; 3 a 1. Os santistas saíram de Campinas e foram parar em Belo Horizonte.

Acostumado a fingir contusões no Palmeiras para não jogar (o que sempre deu certo), Valdívia inovou no Emirados Árabes, como seus fingimentos não “colaram” junto à diretoria do clube Al Wahda, o meia chileno fez um sinal obsceno  no jogo contra o Al Shabab e ganhou duas partidas de folga, quero dizer, suspensão. (esta só foi a segunda rodada do campeonato) O chileno deve estar morrendo de saudades do verdão, onde ele recebia, mas, jogar que é bom... Nada...

Na cidade milagre...
Depois das chuvas da semana passada, tem ruas na cidade que não dá para saber, se era uma rua asfaltada com buracos e terra, ou se era rua de terra com restos de asfalto.

Ainda falando em buracos... os buracos nas ruas diminuíram... a quantidade, mas o tamanho...

Fui!!! Vou pra casa antes que a chuva chegue...  Vai que eu atolo no afasto! Será que vai chover? Eu não sei, não, não.



Marc Souza

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sabe por que o povo vive batendo nas panelas?



Ah! Como é bom morar no paraíso. Melhor ainda é ser a “dona”, a “deusa” do Paraíso chamado Itamarati. Assim, dá para organizar um desfile só para você e seus convidados. Desfile com bandas marciais, militares, veículos de guerra, esquadrilha da fumaça, dentre outras atrações. (Privacidade assim, só mesmo no paraíso Itamarati. E na Coréia do Norte, China, Cuba, Venezuela, Bolívia...) E, o que é melhor, você pode desfilar para si mesmo (Não é mesmo, presidenta?).

A presidente gostou tanto do muro da independência (Que vergonha!), que irá mandar fazer o muro Itamarati, para separar os “eleitos” do Paraíso dos simples mortais, e, claro, manter longe os sons das panelas.

Sabe por que o povo vive batendo nas panelas? Por que elas estão vazias, se elas estivessem cheias... bateriam nas latas (Viva Carlinhos Brown! Viva o Olodum!)

Se Dom Pedro soubesse no que isso ia dar... Pegaria tudo e voltava para Portugal. – Deixa essa p... pros índios! – diria ele – Sou português, mas, não sou burro!

Sabe quem é o mais novo inimigo público numero um do Itamarati?
Fábio Junior. O cantor falou mal dos “deuses” do local, inclusive do painho (o santo metalúrgico).

Já Mamãe Dilma disse que o país esta de braços abertos aos refugiados (só não está para o povo brasileiro), é só passar na repartição se naturalizar, fazer um título de eleitor, e, claro, votar na mamãe (endeusar o painho, votar nele se preciso). Ah, tem outra coisa, além de asilo, os refugiados ainda poderão viver de renda: Bolsa escola, bolsa família, bolsa refugiados, dentre outras.

A presidente está chapada mesmo. Não consegue nem cuidar dos problemas do país, agora quer receber os problemas dos outros países. Coisa de mãe. Mãe doida! Será que o Evo Morales mandou muito chá de coca pra ela? Alguém tem que acabar com esse chá, antes que o país acabe. (Tá quase. Tá quase.) Eu falei que essas más companhias da presidente (Evo Morales, Nicolás Maduro) ainda ia babar... Babou!

A pergunta que não quer calar:
Até quando o Vasco da Gama vai fazer propaganda para o PT?
Falando em Vasco o time carioca é o “segundo” pior time do mundo, o primeiro ainda é o Íbis. 

Na cidade milagre...
Na cidade milagre tem vereador que usa a seção da câmara para tirar uma soneca. (Soneca? Na hora do trabalho?) Tomara que esta moda não passe para outras profissões, afinal, já pensou se um médico resolve tirar uma soneca enquanto faz uma cirurgia, ou, um motorista de ônibus enquanto viaja. Ainda bem, que isto ocorreu na seção da câmara, né? (Ainda bem?) Vai ver não estava acontecendo nada de importante por lá naquela hora.

Fui! Vou comprar um despertador... já pensou se eu tivesse pegado no sono antes de terminar a coluna, está página poderia estar em branco.


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Emicida: "Pior coisa é você perguntar as horas e a pessoa esconder a bolsa"

Leandro Roque de Oliveira era chamado de "macaco" pelos colegas de escola. Não raro, o seu cabelo crespo era alvo de chacota. Dava raiva, mas ele não sabia como responder --então, dava socos. Até se cansar de brigar e abandonar a escola na terceira série. Os anos passaram, e Leandro virou Emicida. E, agora, tem na ponta do lápis a resposta para os comentários que ouvia na escola --e que ainda são frequentes. O "matador de MCs" --origem do apelido Emicida-- usa o rap para "matar" aos poucos o racismo que ele mesmo ainda sente na pele "toda vez que vai pegar um táxi".
"Em geral, as pessoas não conseguem entender o que é. A pior coisa do mundo é alguém ter medo de você, e você não representa ameaça nenhuma para essa pessoa. Você chegar para perguntar que horas são, e a pessoa esconder a bolsa", disse o rapper em entrevista à BBC Brasil. "Para mim, o racismo é o tema mais urgente hoje no Brasil", opinou.
Nascido em um bairro pobre da zona norte de São Paulo, o rapper conta que cresceu "zombando da morte" em um ambiente onde ser abordado --e até agredido-- pela polícia era coisa corriqueira. "Era tão normal, que a gente falava disso e ria depois", diz. "Salvo pelo hip-hop e pela leitura", segundo ele próprio, o rapper não quis se distanciar da realidade que canta em sua música e hoje mantém a sua gravadora independente --Laboratório Fantasma-- em Santana, perto da "quebrada" onde nasceu.
Agora que acumula milhões de visualizações em clipes no YouTube e faz shows até na Europa, Emicida se sente na obrigação de falar sobre racismo. "Todo mundo está acostumado, na realidade brasileira, a ver os pretos numa prisão perpétua atrás de uma vassoura", afirma.
No novo álbum, "Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa", Emicida é veemente nas críticas ao racismo, especialmente na música "Boa Esperança", que teve um polêmico clipe mostrando uma rebelião de empregados domésticos contra patrões em uma mansão. O disco também mergulha na cultura africana, que Emicida foi conhecer de perto na viagem ao continente e que lhe serviu de inspiração.
No papo com a BBC Brasil, o rapper falou sobre racismo, política, redução da maioridade penal e a chacina que deixou 18 mortos na periferia de São Paulo no mês passado, entre outros temas.
Pergunta - Você cresceu na periferia em um ambiente violento. Como isso influenciou a sua vida e o seu trabalho?
Emicida - Eu nasci num bairro chamado Jardim Fontalis (zona norte paulistana), bem pobrinho. Meu pai morreu quando eu tinha 6 anos, minha mãe se viu obrigada a criar a gente sozinha, eu mais três irmãos. Hoje é um bairro que tem bastante gente, asfalto recente se for ver, lojas, casas, mas quando cresci não tinha nada. Cresci ali, como eu falo na música, zombando da morte, andando no meio do fio da navalha. Só que acho que o que salvou a minha vida foram duas coisas, o hip hop e a leitura, as histórias em quadrinhos. A leitura começou a abrir um outro universo para mim. Aquilo começou a ocupar meu tempo de uma maneira tão grande, que eu comecei a me afastar dos "bagulho ruim" que tinha em volta.
Você já disse que era comum para você ver violência ao seu redor e que era comum ver corpos com sangue nas ruas. Como foi viver isso na infância?
Acho que quando você nasce num bairro violento, a pior coisa que aquele ambiente faz para você é destruir a sua humanidade. E isso é uma coisa que é incomensurável, não tem como você quantificar o quanto de compaixão aquela pessoa perdeu por estar em um ambiente muito agressivo. A gente está falando de uma vida num barraco onde, do lado, o cara batia na mulher dele e você ouvia tudo aquilo com 4 anos de idade. De repente você desce a escada e tem uma poça de sangue no corredor e você fica, tipo, mano...
http://musica.uol.com.br/noticias/bbc/2015/09/01/emicida-pior-coisa-e-voce-perguntar-as-horas-e-a-pessoa-esconder-a-bolsa.htm